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O ano de 2020 começou cheio de expectativas, de entusiasmo e de confiança em relação à recuperação das vendas do comércio. Nos dois primeiros meses do ano, janeiro e fevereiro, a bolsa de valores batia recordes e o governo trabalhava para fazer avançar a economia. Até que tivemos de lidar com o susto e com a surpresa que foi a chegada do coronavírus ao País e a paralisação dos trabalhos, o fechamento das lojas e as novas regras de cuidados e de saúde pública.

Tivemos de aprender a lidar com uma nova realidade: ficar em casa, só sair usando máscaras, álcool gel, e optar pelo distanciamento social. Empresas tiveram de reduzir contratos de trabalho e jornada, e consequentemente, revisar os salários. Empregos não resistiram. Empresas sucumbiram à pandemia.

Capacidade de reinvenção

Mas o mês de junho já trouxe alívio e sinais de recuperação. E se podemos pensar em lado positivo de tudo de negativo que aconteceu nos últimos 100 dias, temos de falar da superação, da capacidade de reinvenção dos comércios: os lojistas grandes, mas especialmente os médios e pequenos, começaram a investir em vendas online, em novos produtos e em sistemas de entregas, como o delivery e o drive-thru. Atingiram um grau competitivo de igualdade e conseguiram vender – para confirmar isso, confira a pesquisa da Fecomércio SC sobre o resultado de vendas do Dia dos Namorados.  

Houve uma quebra de paradigmas. O não poder abrir o comércio fez os lojistas avaliarem e encontrarem novas formas de fazer o trabalho acontecer. Mostrou que temos capacidade de adaptação às adversidades, e isso é muito positivo.

Otimismo, porque este ano ainda será de recuperação

A situação é grave, mas poderia ser pior. Agora, com o novo decreto que permite o funcionamento de shoppings, galerias e centros comerciais na Capital, podemos retomar a esperança e a expectativa. Estamos certos de que as coisas voltarão ao normal e que este ano ainda será de recuperação, e esta recuperação culminará com o Natal, que ninguém deixa de comemorar.

Cobrar transparência e investimento em saúde

Precisamos voltar a viver, sim. Precisamos ser otimistas e acreditar que isso tudo vai passar – e rápido. Mas não podemos fechar os olhos. Temos de cobrar dos governantes – os que estão no cargo, os que já estiveram e os que assumirão nas próximas eleições –, para que invistam na saúde pública: em hospitais e infraestrutura.  Que parem de adiar o inadiável. A saúde no País estava ruim e com a pandemia ficou pior.

É preciso transparência nas decisões e fiscalização. De nossa parte, entendemos que a cobrança funciona e que é preciso fiscalizar as ações. E por falar nisso, não é hora de chamar os 107 concursados para a Secretaria da Fazenda e na Procuradoria Geral do Estado, que vão aumentar em R$ 3,87 milhões mensais a folha de pagamento do funcionalismo do Poder Executivo Catarinense e inflar a máquina pública. Mais do que nunca, este é o momento de ser objetivo e de ter consciência na aplicação dos recursos públicos.

Enfrentamento da pandemia tem de ser prioridade

Diante disso, vamos trabalhar para que os governos deem abertura para que as entidades representativas do comércio dialoguem e decidam o que é melhor para o setor.