Tempo de leitura: 2 minutos

Pesquisas realizadas pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e da Fecomércio SC, apontam que, muito além de futebol, a Copa do Mundo também é uma excelente oportunidade para o varejo e a economia. Estimativa das entidades é que serão injetados R$ 20,3 bilhões nos meses que antecedem o evento, tudo para que possamos assistir aos jogos com mais conforto e bem-estar.  

Também conforme os levantamentos, cerca de 60 milhões de brasileiros pretendem fazer compras no comércio e no setor de serviços neste período, o que deve representar um crescimento de 7,9% em relação ao faturamento de 2014, ano em que o Brasil sediou a Copa do Mundo.

A previsão da Fecomércio SC é mais otimista com a estimativa de movimentação de R$ 91 milhões, que considera dados de mercado de trabalho, crédito e volume de vendas. As compras já devem começar antes mesmo do início da competição, associada à Black Friday (25/11), importante data do varejo, que oferece promoções aos consumidores.

 Para o presidente do SINDILOJAS, Marcelo May Philippi, o movimento nas lojas já é uma realidade. “Já percebemos um aumento no movimento de pessoas no comércio. Alguns buscam por produtos específicos, outros pesquisam preços, mas o importante é o movimento, certamente negócios serão concretizados, em uma ou outra data”, comenta. 

De acordo com o economista Guilherme Alano, o Natal continua sendo a principal data do comércio no ano. “As vendas neste período representam 30% a 40% e, apesar do endividamento das famílias, da baixa confiança do consumidor e dos juros, que ainda se elevam, as vendas pretendem superar esse cenário negativo com atividades promocionais e prolongamento do calendário comercial”, analisa.

Os varejistas devem focar em ações de vendas para a Copa do Mundo, onde os televisores são o carro-chefe e os primeiros a entrarem em promoção, tendo em vista uma procura maior pelo eletrônico.  “Já na Black Friday, a expectativa é que as vendas estejam mais voltadas para a procura de smartphones, tablets e computadores, ou seja, eletrônicos utilizados no dia a dia”, ressalta Adilson Toll, gerente comercial, da maior varejista de Santa Catarina. Enquanto no Natal, a busca por livros, brinquedos e roupas aumentam significativamente as vendas. 

A proximidade da Copa do Mundo pode proporcionar um cenário positivo, uma vez que o varejo estima grandes crescimentos e pode ser uma ótima oportunidade para aqueles que buscam um emprego. “É tempo de contratação de temporários e que podem virar emprego fixo, se pensarmos na volta às aulas, já no início do ano”, destaca o economista.   

Independentemente do resultado das vendas, sempre é um bom momento para renovar os estoques e uma janela de oportunidade para o comércio. “Vamos usar nossa criatividade, acelerar as promoções, impulsionar a comunicação através das redes sociais, usar a vitrine como cartão postal da loja e provavelmente veremos um bom resultado no final do ano”, finaliza o presidente Marcelo May Philippi.