
O ano de 2025 deve ser de crescimento acima da média nacional para o comércio catarinense. Apesar do cenário macroeconômico desafiador, com inflação e juros em alta, a Fecomércio SC prevê um crescimento das vendas superior a 2%. Em nível nacional, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) aposta em uma alta de 1,9%.
Para o presidente da Fecomércio, Hélio Dagnoni, alguns indicadores sustentam a perspectiva positiva, como os aumentos de 2,6% na intenção dos varejistas de investir no próprio negócio e de 1,2% na confiança do empresário em relação ao comércio, ambos detectados em pesquisas recentes analisadas pela federação.
“É inegável que o aumento dos juros tem um efeito de retração no consumo, porém acreditamos que esse impacto deve ser sentido mais fortemente no segundo semestre. Também estamos atentos aos índices de inflação, que é outro fator que diminui o poder de compra, especialmente da população de mais baixa renda”, afirma Dagnoni.
Em 2024, nos dados até novembro do IBGE, o varejo catarinense esteve levemente abaixo da média nacional, ainda assim com crescimento expressivo. Enquanto a alta acumulada foi de 4,4% no estado, a média brasileira ficou 5%.
A economista da Fecomércio SC, Edilene Cavalcanti, aposta que o mercado de trabalho aquecido deve seguir impulsionando as vendas. Ela conta que o crescimento no estado deve ficar num patamar inferior ao registrado em 2024 (4,4%), porém acima do que se prevê para o Brasil neste ano (1,9%).
“Santa Catarina tem uma taxa de desocupação de apenas 2,8% atualmente. É um número muito baixo. Isso faz com que haja mais pessoas consumindo, aumentando o potencial de vendas. Esse cenário de mercado de trabalho forte deve se manter em 2025, apesar das dificuldades em termos de macroeconomia”, diz Edilene.
Nosso presidente do Sindilojas, Marcelo Philippi, também corrobora com a pesquisa e os dados da Fecomércio, “acreditamos que o ano que se inicia trará grandes mudanças no comércio catarinense, aquela tendencia de que o varejo seria online, já não tem mais aplicabilidade, agora já se sabe que o consumidor pesquisa pela internet, mas prefere as lojas físicas, e cada vez mais quer experiencias e um contato físico com o produto”, pontua Marcelo.